Em julho de 2025, o fundo imobiliário SNME11 apresentou seu melhor desempenho dos últimos três meses, com um resultado distribuível de R$ 0,1201 por cota, totalizando R$ 890,9 mil em receitas.
Este resultado reflete uma estratégia focada na geração de dividendos, que somaram R$ 0,11 por cota pagos em 25 de agosto, restando atualmente R$ 0,017 por cota em reservas ainda disponíveis para distribuição. O rendimento mensal para os investidores, com base na cotação de fechamento de 15 de agosto, corresponde a 1,14%.
Diversificação da Carteira do SNME11
Grande parte do resultado obtido pelo SNME11 veio dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que geraram R$ 480,2 mil em receitas. Além disso, as receitas provenientes da carteira de fundos imobiliários investidos totalizaram R$ 340 mil, contribuindo significativamente para o resultado do mês.
O portfólio também registrou ganho de capital de aproximadamente R$ 111 mil, enquanto operações em ações contribuíram com R$ 10 mil por dividendos recebidos. Todavia, o resultado líquido foi afetado pelo pagamento da taxa de performance semestral, prevista no regulamento do fundo.
No mercado, julho foi marcado por uma queda de 1,36% no IFIX, índice que mede os fundos imobiliários, enquanto o SNME11 registrou retorno patrimonial total de 1,82%, superando o índice de referência IPCA + Yield IMA-B, que avançou 1,06%. Desde sua criação, em setembro de 2023, o desempenho acumulado do fundo indica um alfa de -0,10% em relação ao IPCA + Yield IMA-B, e um ganho de 14,87% frente ao IFIX.
Movimentos de Gestão e Investimentos Estratégicos
A carteira do fundo, contudo, mostrou pressão negativa em julho devido à queda do IFIX, principalmente por investimentos em fundos imobiliários. Por outro lado, os aportes em CRI (+1,70%) contribuíram positivamente, refletindo juros e correções monetárias.
Entre as ações estratégicas do mês, o SNME11 utilizou o mercado secundário para adquirir cotas de ALZC11 e IRDM11, reforçando sua exposição em recebíveis com uma alocação de aproximadamente R$ 1 milhão.
Além disso, foi realizada uma operação de long and short, envolvendo as compras do fundo em BARI11 e a venda de CVBI11, aproveitando a proposta de consolidação entre os fundos aprovada em assembleia de 15/07/2025. Essa arbitragem tinha como objetivo capturar valor, pois a compra de BARI11 na prática equivale à aquisição de CVBI11 com desconto.
A gestão também atualizou sobre o CRI Vanguarda, que deixou de ser considerado inadimplente após assembleia em 27 de maio de 2025, com aprovação de incorporação de juros. A recuperação do ativo, que havia apresentado garantias com recuperabilidade próxima a 85% do valor de face, ainda está em andamento, com negociações entre o fundo e a securitizadora visando a melhor recuperação possível.
