A notícia de que a Suzano (SUZB3) vai elevar os preços da celulose a partir de setembro impactou positivamente o mercado, refletindo na alta das ações da companhia nesta manhã, que ultrapassa 2,7%.
O anúncio veio acompanhado da avaliação do BTG Pactual, que mantém recomendação de compra com um potencial de valorização de mais de 36% nos próximos 12 meses.
Para investidores, a notícia reforça as perspectivas otimistas para a companhia diante do cenário de recuperação de preços no setor de celulose, uma vez que o aumento anunciado é considerado uma estratégia para restaurar a rentabilidade da empresa frente a preços atualmente considerados baixos.
Segundo o relatório do BTG, a Suzano anunciou um aumento de US$ 20 por tonelada na Ásia, e de US$ 80 nos mercados europeu e norte-americano, elevando o preço médio na Europa para US$ 1.080 por tonelada.
A expansão dessa política de reajuste, que inicialmente ocorreria apenas na Ásia, demonstra a firmeza da companhia em buscar maior margem de lucro.
Para o banco, essa decisão indica uma tentativa de recuperar margens em um mercado que, segundo analistas, estaria tocando o fundo dos preços atuais de celulose, que permanecem bastante baixos.
Perspectivas e fatores que reforçam a valorização da Suzano
O BTG avalia que a Suzano está “buscando restaurar seus níveis de rentabilidade”, respaldada por uma demanda acima do esperado nos últimos meses.
A paralisação de uma produtora chinesa também favoreceu a expansão da participação da companhia no mercado internacional, contribuindo para a projeção de uma melhora na rentabilidade.
A análise reforça ainda que os preços atuais da celulose, especialmente na China — próximos de US$ 500 por tonelada —, estão teoricamente insustentáveis, levando cerca de 20% da capacidade global a prejuízos, o que tende a impulsionar uma recuperação de preço.
O potencial de valorização das ações da Suzano é respaldado pelo cenário de recuperação de preços e pela posição de destaque da empresa na cadeia produtiva, com uma estrutura de custos relativamente mais competitiva e menor exposição à China, fatores que reduzem riscos de queda.
Com um preço-alvo estabelecido em R$ 73,00, o BTG reforça a recomendação de compra para a Suzano, já que o valor atual das ações na casa de R$ 53 continua oferecendo um potencial de crescimento de aproximadamente 36%.