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Suzano (SUZB3) anuncia nova alta na celulose e testa mercado, diz BTG; veja preços

Suzano anuncia nova rodada de reajustes da celulose para o início de 2026.

Suzano anuncia nova rodada de reajustes da celulose para o início de 2026.

A Suzano (SUZB3) voltou a comunicar reajustes na celulose para janeiro de 2026, consolidando a quinta tentativa de alta em sequência. Segundo o BTG Pactual, a estratégia busca empurrar as cotações acima dos atuais US$ 545,6 por tonelada, com ênfase na normalização gradual dos preços efetivos. O mercado observa o movimento como um teste de resistência da demanda, especialmente na Ásia e na Europa, onde dinâmicas comerciais diferem de forma relevante.

Para China e demais países asiáticos, a Suzano indicou aumento de US$ 20 por tonelada na fibra curta, válido a partir de 1º de janeiro. Esse acréscimo se soma ao ajuste de igual magnitude previamente anunciado para embarques de dezembro, configurando um esforço cumulativo para recompor margens. No curto prazo, a aderência tende a ser parcial, mas a sinalização é considerada firme.

No eixo Europa–América do Norte, os reajustes propostos são mais expressivos, de US$ 120 por tonelada na lista de preços. O BTG pondera que essas praças operam com maior nível de serviço, contratos mais rígidos e gestão local de estoques, o que justifica um “prêmio” sobre a Ásia. A execução, porém, depende de negociações bilaterais e da leitura de demanda no início do ano.

Atualmente, os preços efetivos seguem estáveis: o índice PIX China BHKP Net está em US$ 545,6 por tonelada, sem variação semanal, enquanto o PIX BHKP na Europa permanece em US$ 1.100 por tonelada. Os analistas ressaltam que os anúncios têm sido absorvidos de forma gradual, com defasagem entre listas e transações.

A SUZB3 mira um patamar de referência próximo a US$ 580 por tonelada, sinalizando desconforto com os níveis correntes. Caso a estratégia ganhe tração, as cotações podem migrar para a faixa de US$ 570 a US$ 590 por tonelada, sustentadas por disciplina de oferta e ajustes táticos de estoque.

Para 2026, a leitura do BTG é que novas tentativas não estão descartadas, sobretudo se a demanda chinesa mostrar resiliência e a Europa mantiver prêmios regionais. A SUZB3 reforça, assim, a intenção de recompor preços, mesmo que a transição ocorra em etapas e com heterogeneidade entre mercados.

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