O Itaú BBA revisou suas projeções para TAEE11 nesta quinta-feira (4), elevando o preço-alvo e mantendo a recomendação neutra (Market Perform). Segundo o banco, o principal atrativo segue sendo o pagamento de dividendos, embora o potencial de valorização no curto prazo permaneça limitado. A elevação reflete atualizações no modelo e a incorporação de novas premissas regulatórias.
A instituição passou a considerar a compensação integral dos ativos não depreciados ao final das concessões, por meio da indenização de valor terminal. Essa abordagem, somada a investimentos orgânicos em reforços, resultou no novo preço-alvo de R$ 44,90 para dezembro de 2026. Para investidores focados em renda, a previsibilidade do fluxo de caixa segue sendo um diferencial de TAEE11.
Com o rolamento do modelo do fim de 2025 para o fim de 2026, o preço-alvo subiu de R$ 37,50 para R$ 44,90. O BBA também embutiu maiores capex de reforços, refletindo a agenda de expansão moderada da Taesa. Ainda assim, um cenário macro mais conservador e um custo de capital real elevado atuam como freio para múltiplos mais altos, limitando o upside. Esse pano de fundo ajuda a explicar a manutenção do Market Perform.
O potencial de retorno estimado pelo banco é de 8,2%, mesmo após a ação acumular alta de 39% no ano. Em comparação setorial, o retorno projetado fica abaixo do de Alupar, mas acima do de Isa Energia, sugerindo que o risco-retorno de Taesa é competitivo, porém não líder. Para perfis defensivos, a combinação de estabilidade regulatória e pagamento recorrente de proventos segue relevante.
A política de dividendos, atrelada ao lucro regulatório, continua no centro do case. As estimativas apontam para rendimentos de 8% em 2026 e 9% em 2027, com potencial de chegar a dois dígitos após 2028, conforme maturação de projetos e normalização do ciclo de investimentos. Para 2025, os proventos já declarados superam R$ 800 milhões, equivalentes a retorno de 6,4%, reforçando o apelo de renda da TAEE11.
Em síntese, o relatório do Itaú BBA confirma o caráter defensivo do papel: dividendo robusto, avanço moderado de investimentos e upside contido. Para quem busca previsibilidade e exposição a transmissão, TAEE11 permanece como alternativa equilibrada em um ambiente de juros reais elevados.