
A Telefônica Brasil (VIVT3) apresentou resultados sólidos no segundo trimestre de 2025, refletindo o bom desempenho operacional e sinais de crescimento contínuo, especialmente na receita de serviços móveis e na expansão de sua base pós-paga.
O lucro líquido da companhia atingiu R$ 1,34 bilhão, uma alta de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, alinhado às projeções do mercado que estimavam R$ 1,37 bilhão, segundo dados da LSEG.
Já o mercado operou de forma cautelosa na manhã, após a divulgação, com as ações VIVT3 iniciando o pregão com leve alta e mantendo-se próximas da estabilidade nos primeiros minutos do dia. Os investidores estão atentos às novidades, sobretudo às melhorias nos segmentos de receita e ao potencial de valorização das ações.
Resultados financeiros e desempenho operacional de Telefônica Brasil (VIVT3)
A receita líquida do segundo trimestre de 2025 totalizou R$ 14,65 bilhões, representando um avanço de 7,1% em relação ao mesmo período de 2024, conforme análise do Goldman Sachs.
O destaque ocorreu na divisão de serviços móveis, que gerou R$ 9,6 bilhões, com crescimento de 7,3% na comparação anual. A receita de serviços do segmento móvel reforça a importância do pós-pago, que continua a impulsionar os resultados da companhia.
O EBITDA da Telefônica totalizou R$ 5,93 bilhões, apresentando alta de 8,8% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. A margem EBITDA alcançou 40,5%, refletindo eficiência operacional e sustentação no crescimento.
Segundo a XP, o resultado superou as expectativas do mercado, apoiado por uma alavancagem operacional que ampliou a rentabilidade, impulsionada pelo crescimento no pós-pago móvel e na fibra ótica FTTH.
De acordo com o BTG Pactual, o crescimento na receita de serviços, de 7,5% ano a ano, foi sustentado tanto pelo segmento móvel quanto pelo segmento fixo. Além disso, a companhia investiu R$ 2,4 bilhões em CAPEX, enquanto despesas de leasing aumentaram 33% no período, indicando foco na ampliação da infraestrutura.
Indicadores de desempenho e perspectiva de investimento em VIVT3
A análise dos indicadores operacionais da Telefônica mostrou resiliência, com o ARPU móvel atingindo R$ 31,1, crescimento de 5,1%, e o churn de FTTH atingindo 1,46%, o menor da série histórica.
A proporção de assinantes FTTH com planos móveis também reforça a integração dos serviços, sendo que 61% dos 7,4 milhões de assinantes possuem ambos os planos, com 2,9 milhões no plano Vivo Total, segundo o Goldman Sachs.
Após o balanço, diversas casas de análise mantiveram a visão positiva sobre as ações da Telefônica. A XP reiterou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 36 (potencial de valorização de 17,9%), destacando a qualidade do portfólio da Vivo.
O BTG Pactual e o Goldman Sachs também mantiveram recomendações de compra, com preços-alvo de R$ 31 e R$ 32, respectivamente.
Porém, os analistas apontam cuidados futuros, como riscos ligados à tributação, às possíveis vendas de ativos regulatórios, à concorrência no setor de pós-pago e ao cenário macroeconômico, que podem impactar a performance do ativo VIVT3.
Investidores atentos aos resultados da Telefônica Brasil devem considerar sua consistência operacional e o potencial de valorização das ações, ainda que com atenção aos riscos macroeconômicos e regulatórios, que podem influenciar sua trajetória.