
O fundo imobiliário TRBL11 encerrou o mês de julho com um resultado total de R$ 21,566 milhões, ou R$ 2,79 por cota, indicando uma valorização de mais de dez vezes em relação ao resultado registrado em junho, que foi de R$ 2,057 milhões. Essa variação expressiva reflete, principalmente, a venda de ativos e a receita extraordinária obtida neste mês.
A receita imobiliária de julho alcançou R$ 23,841 milhões, com R$ 3,121 milhões provenientes de locações. Contudo, o maior diferencial foi a venda de ativos, que contribuiu com R$ 20,72 milhões para o resultado do fundo.
Essa entrada significativa teve origem na alienação dos empreendimentos Multimodal e Pátio BRF, em Duque de Caxias (RJ), referente à quarta parcela do negócio.
O pagamento, de R$ 49,95 milhões, foi atualizado pelo CDI + 2%, resultando em um ganho adicional ao valor inicial negociado. Assim, o ganho de capital de R$ 20,7 milhões, ou R$ 2,68 por cota, foi o principal fator impulsionador do resultado de julho.
Além dessa valorização de ativos, o fundo distribuiu dividendos de R$ 0,60 por cota, o maior valor pago nos últimos cinco meses. Com a cotação de R$ 54,00 ao final de julho, o dividend yield anualizado chega a 13,33%, o que torna o ativo atrativo para investidores que buscam retorno consistente aliado à valorização de patrimônio.
Situação dos imóveis e perspectivas para o TRBL11
Outro aspecto relevante refere-se à situação do imóvel mais relevante do portfólio, em Contagem (MG), que está sem receita desde o ano passado, após questionamentos dos Correios, inquilino principal. A estatal solicitou rescisão de contrato por justa causa, após obras de manutenção que levaram à interdição do imóvel.
A administração do fundo permanece empenhada em medidas administrativas e jurídicas para garantir o recebimento de multas ou o desocupamento do ativo, que atualmente ainda é ocupado, o que impede uma retirada forçada imediata.
A gestão trabalha para o reposicionamento do imóvel, de alta classe, situado em uma região de alta demanda e baixa vacância, enquanto cobra os aluguéis referentes ao período de aviso prévio de seis meses. Essas ações refletem a estratégia do TRBL11 de manter a rentabilidade e mitigar riscos associados à inadimplência ou desocupação forçada.