O TRXF11 firmou acordo para adquirir cinco galpões logísticos, somando 107,1 mil m² de ABL, por R$ 402,8 milhões. A estrutura envolve a compra de 90% das cotas do HIRE11, fundo que deterá e administrará os ativos. Quatro imóveis estão na Grande São Paulo, próximo aos principais eixos rodoviários, e um no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, reforçando presença em hubs de elevada demanda logística.
Pelo cronograma financeiro, a primeira parcela de R$ 181 milhões será liquidada com cotas da 12ª oferta em andamento do TRXF11. Em seguida, R$ 53,5 milhões virão de recursos já captados com investidores. O saldo de R$ 115,2 milhões será quitado em até 12 meses, em dinheiro ou por meio da emissão de novas cotas, o que dá flexibilidade para otimização do custo de capital.
Segundo a gestora, o cap rate estimado para os 12 primeiros meses é de 11,90%, acima da média do portfólio atual. Essa taxa de entrada indica potencial de geração de renda imediata superior, contribuindo para a manutenção da previsibilidade de proventos e reforçando a tese de risco-retorno equilibrado para o cotista.
Além da aquisição logística, o fundo finalizou a compra de 14 agências bancárias por R$ 140 milhões, sendo 13 da Caixa e uma compartilhada entre Caixa e Santander no Shopping Rio Sul. Esses contratos atrelados a instituições financeiras tendem a oferecer estabilidade de fluxo, favorecendo a gestão ativa de prazos e reajustes.
A diversificação setorial avançou também com a compra de 100% do Shopping ViaBrasil Pampulha e 50% do ViaShopping Barreiro, por R$ 257,7 milhões no total. Esses ativos adicionam exposição a varejo físico com relevância regional, ampliando a resiliência do portfólio a ciclos específicos de cada segmento.
Com as operações consolidadas, o TRXF11 deve alcançar 110 imóveis, cerca de 1,2 milhão de m² de ABL e patrimônio líquido estimado em R$ 4,6 bilhões. A gestão reafirmou a projeção de dividendos entre R$ 0,90 e R$ 0,93 por cota até dezembro, sustentada pelo cap rate de 11,90% e pela combinação de contratos de longo prazo.
Em perspectiva, a compra via HIRE11 amplia a escala, melhora a diversificação geográfica e reduz riscos setoriais, como ressaltou Gabriel Barbosa, da TRX Investimentos. Para investidores, a alocação em galpões próximos a São Paulo e ao Galeão reforça a tese defensiva, com potencial de valorização em um cenário de logística em expansão.
