O TRXF11 concluiu a venda de um imóvel de varejo ocupado pelo Assaí em Goiânia por R$ 89 milhões, reforçando a estratégia de reciclagem de portfólio e liquidez. O ativo possui ABL de 17.354 m² e contrato atípico com vencimento em junho de 2035, o que confere previsibilidade de receitas até o término do acordo. A operação, segundo a gestora, deve gerar lucro estimado de R$ 0,58 por cota ao fundo, mantendo a disciplina na alocação de capital e foco em eficiência operacional.
A transação foi estruturada a partir do portfólio do TRXB11, veículo controlado pelo fundo imobiliário TRXF11. O pagamento inicial, de R$ 48,6 milhões, foi destinado à Bari Securitizadora para a quitação de um CRI utilizado na aquisição original do ativo. Essa etapa reduz o endividamento atrelado ao imóvel e melhora o perfil de risco do portfólio consolidado.
Nos próximos dias, está prevista a quitação de uma parcela intermediária de R$ 4,4 milhões. O saldo remanescente, de R$ 36 milhões, será pago em três parcelas semestrais corrigidas pelo IPCA, com a primeira vencendo em maio de 2026. Essa estrutura de pagamentos escalonados preserva o caixa do comprador e sustenta um fluxo financeiro previsível ao vendedor.
Resultados indicam que, para o TRXB11, o lucro estimado alcança R$ 19 milhões, equivalente a R$ 5,07 por cota. A transação apresenta TIR aproximada de 15% ao ano, o que corresponde a retorno líquido de 145% do CDI, reforçando a atratividade do negócio em bases ajustadas ao risco. O preço também ficou alinhado ao último laudo de avaliação, com cap rate anual de 7,65%.
A TRX Investimentos reiterou que o guidance dos dividendos do TRXF11 permanece entre R$ 0,90 e R$ 0,93 por cota, refletindo estabilidade na distribuição apesar da venda. Esse posicionamento sinaliza continuidade no nível de rendimentos e execução consistente da estratégia.
Venda do ativo e impacto no portfólio do TRXF11
Além da alienação, o fundo segue ativo em alocações. Foram anunciados quatro processos de aquisição somando cerca de R$ 1 bilhão: 14 agências bancárias por R$ 140 milhões; quatro imóveis do Grupo Mateus por R$ 379,9 milhões; um complexo logístico em Varginha por R$ 285 milhões; e sete lojas do Atacadão por R$ 297,1 milhões. Essas compras ampliam a diversificação e reforçam o posicionamento em varejo e logística.
