O FII VGIP11 anunciou a distribuição de R$ 0,74 por cota em setembro, valor que marca o menor patamar de rendimento dos últimos seis meses.
Apesar do recuo, o fundo mantém sua proposta de renda atrelada à inflação, com foco em CRIs de qualidade e garantias robustas. A gestão reportou resultado gerencial de R$ 8,662 milhões, abaixo dos R$ 9,719 milhões de agosto, refletindo o ambiente de juros e marcações a mercado.
A rentabilidade líquida de dividendos do VGIP11 no mês equivale a IPCA + 6,8% ao ano, tomando como base o valor patrimonial de agosto de 2025. Além disso, o fundo acumula R$ 0,32 por cota em ganhos de IPCA ainda não distribuídos, que devem ser repassados quando convertidos em resultado caixa, conforme a política de distribuição.
Nos últimos 12 meses até setembro, o fundo imobiliário VGIP11 entregou R$ 11,60 por cota, o que corresponde a IPCA + 8,2% ao ano sobre o valor patrimonial. Esse cálculo segue a metodologia IPCA M-2, padrão utilizado nos CRIs da carteira, oferecendo maior consistência ao acompanhamento do desempenho real.
Houve leve retração no valor patrimonial por cota, que caiu R$ 0,21 no mês e encerrou setembro em R$ 87,96. Essa variação decorre principalmente da abertura nas taxas das NTN-B, que impactam a precificação dos títulos indexados ao IPCA e, por consequência, a marcação a mercado dos ativos do fundo.
A carteira permanece praticamente integralmente alocada em CRIs, com 99,9% do patrimônio distribuído em 44 operações que somam R$ 1,036 bilhão. Não houve compras ou vendas no período, e o fundo recebeu R$ 5,6 milhões em amortizações, reforçando o fluxo de caixa operacional e a disciplina na gestão.
O CRI Manhattan 196S, que representa 2,1% do patrimônio, segue inadimplente no pagamento de juros. Ainda assim, as garantias associadas à operação permanecem superiores a 195%, o que mitiga parte do risco e oferece margem de segurança em eventuais medidas de recuperação de crédito no portfólio de dividendos do VGIP11.
